Rodrigo Valadares (União-SE) tem breve carreira política e é alinhado com bolsonarismo
O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) foi escolhido como relator de um projeto que anistia condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
O nome de Valadares foi indicado, na quarta-feira (5), pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC).
De acordo com a presidente da CCJ, a indicação aconteceu por critérios técnicos, uma vez que Valadares é formado em Direito e conhece o processo penal.
Breve trajetória
Rodrigo Santana Valadares nasceu em Aracaju (SE) e tem 35 anos. É advogado, empresário e político.
Em 2018, quando era filiado ao PTB, foi eleito deputado estadual por Sergipe, com pouco mais de 15 mil votos. Também foi assessor do Ministério de Minas e Energia, durante o Governo de Michel Temer, entre 2017 e 2018.
Em 2022, já no União Brasil, foi eleito deputado federal por Sergipe com 49.696 votos. O mandato dele vai até 2027.
Alinhamento com o governo anterior
Apesar de integrar o União Brasil, partido com ministérios no governo Lula, Valadares é próximo de parlamentares bolsonaristas. Ele também já participou de manifestações públicas pró-Bolsonaro.
A escolha de Valadares para a relatoria teve o apoio do líder do partido, Elmar Nascimento, cotado para suceder o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).
À CNN, o deputado Rodrigo Valadares afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu para não ser beneficiado pelo PL da anistia.
Se o trecho que prevê a reversão de inelegibilidade passar, Bolsonaro poderia voltar a concorrer às eleições, antes de 2030.
Não à anistia
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, 63% dos brasileiros se declararam contra a anistia aos condenados pelos crimes de 8 de janeiro.
A anistia é o perdão concedido principalmente por crimes políticos, para que os acusados não precisem responder por eles na justiça.