Rodrigo Balassiano frisa que em um mercado financeiro cada vez mais dinâmico e regulado, a construção de fundos resilientes tornou-se essencial para garantir a sustentabilidade e confiança dos investidores. A resiliência se refere à capacidade do fundo de suportar oscilações econômicas e à solidez operacional que assegura sua continuidade mesmo em cenários adversos. Para isso, é fundamental integrar quatro pilares-chave: gestão, administração, custódia e compliance regulatório.
A integração entre gestão e administração é realmente necessária?
A gestão foca na alocação estratégica de ativos e no desempenho financeiro, enquanto a administração garante a execução eficiente das operações diárias. Quando ambas estão alinhadas, o fundo consegue reagir rapidamente a mudanças no mercado e cumprir seus objetivos com maior precisão. Além disso, uma administração bem integrada à gestão evita retrabalhos, reduz custos operacionais e melhora a comunicação entre as equipes envolvidas.
Essa integração também fortalece o controle interno e a padronização de procedimentos. Por exemplo, decisões tomadas pela equipe de gestão podem ser imediatamente repassadas à administração, permitindo uma atualização rápida de carteiras, cálculo de cotas e distribuição de resultados. Rodrigo Balassiano explica que esse nível de sincronia não só agiliza processos, mas também reduz a chance de erros operacionais, que podem afetar negativamente o desempenho do fundo e a satisfação dos cotistas.
Como a custódia contribui para a estabilidade de um fundo?
A custódia desempenha um papel central na segurança e na liquidez dos ativos sob gestão. Um bom custodiante oferece infraestrutura robusta para a guarda de títulos e valores mobiliários, além de facilitar transações seguras e rápidas. Sua escolha estratégica influencia diretamente na proteção patrimonial do fundo e na minimização de riscos operacionais, como fraudes ou perda de documentos.
Além disso, a custódia integrada ao sistema de gestão e administração proporciona maior visibilidade sobre os ativos em tempo real. Segundo Rodrigo Balassiano, isso significa que qualquer movimentação financeira pode ser monitorada com transparência, ajudando a evitar inconsistências e garantindo conformidade com normas internas e externas. Em momentos de crise, ter um sistema de custódia confiável pode fazer toda a diferença na manutenção da credibilidade do fundo perante seus investidores.

Por que o compliance regulatório deve estar no centro da operação?
O compliance regulatório não é apenas uma exigência legal, é uma ferramenta estratégica para a longevidade do fundo. A constante evolução das normativas exige que os gestores estejam sempre atentos às mudanças nas regras impostas pelos órgãos reguladores, como a CVM no Brasil. Ter um departamento de compliance eficaz significa antecipar-se a possíveis problemas, evitando multas, sanções e danos reputacionais.
Mais do que isso, o compliance integrado aos outros pilares do fundo promove uma cultura de governança e ética dentro da operação. Ele age como uma linha de defesa contínua, verificando se todas as áreas estão seguindo as diretrizes estabelecidas e reportando anomalias antes que se tornem crises. Rodrigo Balassiano evidencia que, quando bem implementado, o compliance ajuda a criar um ambiente de confiança tanto para os investidores quanto para parceiros estratégicos.
Construindo bases sólidas para o futuro dos fundos
Para que um fundo seja verdadeiramente resiliente, é necessário ir além da análise de performance e olhar para a operação como um todo. Integrar gestão, administração, custódia e compliance regulatório não é apenas uma boa prática, é uma exigência do mercado moderno. Essa abordagem holística permite que o fundo responda melhor a pressões externas, mantenha a conformidade e preserve o valor dos investimentos ao longo do tempo.
Investir na sinergia entre esses pilares é apostar em sustentabilidade, transparência e confiabilidade. À medida que os mercados se tornam mais complexos e competitivos, a resiliência será um diferencial cada vez mais valioso. Portanto, Rodrigo Balassiano conclui que aqueles que souberem construir essa base sólida estarão melhor preparados para enfrentar os desafios do futuro e conquistar a confiança dos investidores mais exigentes.
Autor: Irina Nikitina