O oitavo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pelo Grupo Flow, terminou em tumulto na noite de segunda-feira. Pablo Marçal, candidato pelo PRTB, foi expulso do evento após usar apelidos pejorativos contra o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB. A situação se agravou quando Duda Lima, marqueteiro de Nunes, foi agredido por um assessor de Marçal, resultando em um soco que deixou Lima ensanguentado.
A expulsão de Marçal ocorreu nos momentos finais do debate, quando ele chamou repetidamente Nunes de “bananinha” e prometeu prendê-lo, citando investigações sobre a máfia das creches. A atitude de Marçal foi considerada uma violação das regras do debate, fazendo com que o mediador Carlos Tramontina se retirasse do palco.
A confusão se intensificou quando Nahuel Medina, assessor de Marçal, desferiu um soco em Duda Lima. Segundo testemunhas, Medina tentou filmar a expulsão de Marçal quando Lima pediu licença, resultando na agressão. O incidente levou ambos os envolvidos à delegacia para prestar queixa.
Medina alegou em suas redes sociais que agiu em defesa legítima, afirmando que Lima tentou tomar seu celular. Em contrapartida, Nunes e sua equipe acusaram Medina de agressão gratuita, com Lima necessitando de atendimento médico no Hospital Sírio-Libanês devido aos ferimentos.
O debate, que deveria focar nas propostas dos candidatos, foi ofuscado pela violência. Marina Helena, candidata pelo Novo, classificou o episódio como inaceitável e defendeu a prisão do agressor. Tabata Amaral, do PSB, criticou Marçal por desviar o foco das discussões importantes.
Guilherme Boulos, do PSOL, também condenou a interferência, apontando que Marçal serviu como “boi de piranha” para desviar a atenção dos problemas da gestão de Nunes. A repercussão do incidente levantou questões sobre a falta de equilíbrio emocional na política e a necessidade de inteligência socioemocional.
O mediador Carlos Tramontina criticou Marçal por usar o tempo final do debate para desrespeitar as regras, afirmando que o candidato buscou encerrar o evento sem consequências. O episódio destaca a tensão crescente na corrida eleitoral e a importância de manter o foco nas propostas e no respeito mútuo.